Qual lâmpada usar? Onde iluminar? Qual a quantidade de luz necessária para cada ambiente? Se todas essas perguntas estão passando pela sua cabeça, então você precisa de um projeto luminotécnico.
Mas, o que é um projeto luminotécnico?
Um projeto luminotécnico é a base para instalação de uma iluminação adequada, seja em residências, comércios ou indústrias.
A partir dele é possível definir o grau de luminosidade mais adequado para cada ambiente, levando em consideração diversos aspectos, incluindo a rotina e as necessidades dos moradores, clientes ou colaboradores de uma empresa.
Porque é importante ter um projeto luminotécnico?
Um bom projeto luminotécnico é importante para oferecer conforto, funcionalidade e segurança aos ambientes.
Dentro de uma casa, o projeto luminotécnico auxilia os moradores nas atividades diárias, proporciona ambientes relaxantes e, ainda, contribui com a segurança.
Já em comércios, o projeto luminotécnico oferece um melhor atendimento aos clientes, valorizando, por exemplo, itens de uma vitrine.
Em indústrias, o projeto luminotécnico é fundamental para assegurar a segurança e a produtividade dos funcionários.
Como fazer um projeto luminotécnico: aspectos que precisam ser considerados
Luz natural
A luz natural é a primeira coisa que se deve levar em consideração antes de iniciar o projeto luminotécnico.
É importante avaliar todas as entradas de luz natural do ambiente e como ela se comporta ao longo do dia.
Aqui, contam vãos de janelas, portas, elementos vazados, blocos de vidro, claraboias e telhas translúcidas.
A partir dessas informações é possível medir a necessidade de iluminação para cada ambiente.
Lâmpada certa
Existem dezenas de modelos de lâmpadas diferentes, desde as antigas lâmpadas incandescentes (em desuso a algum tempo) até as mais tecnológicas e eficientes fabricadas em LED.
Para fazer a escolha certa, prefira aquelas que consomem menos energia, já que são mais sustentáveis e econômicas, como é o caso das lâmpadas de LED.
Em seguida, é importante avaliar o grau de luminosidade da lâmpada, ou seja, se ela dá conta de iluminar o ambiente desejado.
Algumas lâmpadas, como as de filamento de carbono, muito populares no momento, acabam tendo um uso mais decorativo, já que iluminam pouco.
Outro ponto importante: as lâmpadas devem ser escolhidas pela quantidade de lúmens (lux) e não pelos watts (W) indicados na embalagem.
Os watts servem apenas para informar quanta energia elétrica a lâmpada consome e não sua capacidade de iluminação.
Uma lâmpada de LED que consome 10W, por exemplo, tem a mesma eficiência de uma lâmpada fluorescente que consome 100W.
Em razão disso, a recomendação é sempre buscar por lâmpadas com baixo valor de watts e alto valor de lúmens.
A recomendação de lúmens por metro quadrado de ambiente doméstico é a seguinte:
Salas de estar e jantar – 100 a 200 lux
Salas de leitura (ou outro ambiente similar) – 300 a 700 lux
Cozinha – 200 a 500 lux
Quarto (luz geral) – 100 a 200 lux
Banheiro (luz geral) – 200 a 300 lux
Home office (mesa de trabalho) – 300 a 500 lux
Escadas, corredores, garagem e hall de entrada – 75 a 150 lux
Como você pode perceber, os ambientes usados para descanso e lazer exigem uma quantidade menor de iluminação do que aqueles feitos para a realização de atividades, como cozinha e banheiros.
Para exemplificar: se a sua sala de estar possui 8 metros quadrados, então a quantidade de lux necessária é de 800 a 1600 lux.
No entanto, esse índice de luminosidade não deve ser concentrado em apenas um local, como a lâmpada de teto, por exemplo. Ela deve ser espalhada e diluída pelo ambiente, de modo que toda a área seja iluminada com eficiência, trazendo conforto e funcionalidade para todo o cômodo.
Eixo de direcionamento da luz
Agora que você já sabe escolher a lâmpada é importante saber como direcioná-la dentro dos ambientes. De modo geral, esse direcionamento pode ser feito de três maneiras principais:
Iluminação direta
A luz direta, como o próprio nome sugere, é aquela que ilumina diretamente algo, como uma mesa de escritório, uma bancada de cozinha ou uma poltrona de leitura.
Esse tipo de luz é indicada para quando existe a necessidade de um aporte maior de iluminação para realização de atividades.
A melhor maneira de trazer a iluminação direta para os ambientes é usando luminárias pendentes ou de mesa.
Iluminação indireta
Ao contrário da luz direta, a luz indireta é utilizada para destacar e valorizar detalhes arquitetônicos, obras de arte ou peças de decoração.
Esse tipo de iluminação é comumente utilizada no teto com spots direcionados, arandelas ou fitas de LED.
Iluminação difusa
A iluminação difusa é a mais popular de todas e na maioria das vezes se caracteriza pelo uso de uma lâmpada central no teto.
Esse tipo de luz cria uma iluminação suave, sem produzir sombras ou ofuscar a visão.
Temperatura de luz
A temperatura da luz faz toda diferença no projeto luminotécnico. Isso porque os efeitos sensoriais são alterados dependo da coloração emitida pela lâmpada.
As lâmpadas brancas, consideradas frias ou azuladas, são indicadas para ambientes onde é necessário concentração e atenção. Já as lâmpadas amarelas, consideradas quentes, são recomendadas para ambientes de relaxamento, uma vez que elas trazem conforto e acolhimento.
Ofuscamento e sombra
Outro detalhe fundamental que você deve levar em conta na hora de elaborar o projeto luminotécnico é a incidência de ofuscamento e sombra provocados pela iluminação. Ambos devem ser evitados a todo custo.
Para evitar o ofuscamento é recomendado que a luz seja instalada acima da altura dos olhos e, preferencialmente, não refletir sobre objetos metálicos, vidro e espelhos.
Já a sombra é produzida quando a lâmpada é instalada na altura errada e acaba incidindo sobre móveis ou outros objetos maiores.
Iluminação x ambientes
Sala de estar e sala de jantar
Em salas de estar e sala de jantar o conforto deve ser a palavra de ordem. Para isso, prefira lâmpadas amarelas instaladas indiretamente e uma luz difusa no teto. Para complementar a iluminação, utilize luminárias pendentes sobre a mesa de jantar ou a mesinha lateral.
Quartos
Os quartos também precisam de conforto. Portanto, também é recomendado o uso de lâmpadas amarelas. Uma boa dica é apostar em luminárias ao lado da cabeceira da cama.
Banheiros
Os banheiros precisam de uma iluminação direta para favorecer as atividades comuns desse ambiente, como arrumar o cabelo, fazer a barba e a maquiagem.
O ideal é contar com uma luz difusa no teto e iluminação direta na bancada sobre o espelho.
Já os lavabos, ao contrário dos banheiros, podem ter uma luz mais aconchegante e suave.
Cozinha
A cozinha precisa de uma boa iluminação para o momento de preparar os alimentos. Por conta disso, o mais comum é o uso de iluminação difusa no teto que impeça a formação de sombras. Mas para trazer um toque mais aconchegante ao ambiente instale também luzes indiretas.
Confira a seguir 65 ideias de projetos luminotécnicos para você se inspirar: