A arquitetura romana é, até os dias de hoje, um aspecto da cultura da civilização da Roma Antiga que atrai muitos turistas e estudiosos. Basta falar no Coliseu que a nossa mente consegue visualizar a grandiosa construção que se configura como a principal obra do Império Romano.
O luxo, a exuberância e o uso das construções para fins utilitários são características inovadoras e impressionantes da arquitetura romana, que é conhecida por muito mais do que somente o Coliseu. Os romanos utilizaram a influência grega e etrusca para a construção de aquedutos, estradas, termas e outras obras com fins estruturais e que configuravam uma maior funcionalidade para as cidades.
A arquitetura romana tem grande importância para os povos do mundo ocidental e, até hoje, exerce forte influência em diversas construções modernas.
Deseja conhecer mais sobre a história da arquitetura romana e saber como essa civilização contribuiu para a estruturação das cidades do mundo moderno? Não perca este artigo que preparamos para você!
Origem e influências da arquitetura romana
O surgimento da arquitetura romana se deu no século II a.C. como parte da junção das culturas etrusca e grega, principalmente. Com o processo de helenização idealizado por Alexandre Magno, também conhecido como Alexandre “O Grande” e Rei da Macedônia, ocorreu um processo de disseminação da cultura e dos costumes da Grécia Antiga pelo mundo e, assim, o povo romano também sofreu essa influência.
Tanto pela política de expansão de Alexandre “O Grande”, quanto pelas relações de comércio dos romanos com este povo, muitos aspectos da cultura romana acabaram por se tornar semelhantes aos da Grécia Antiga e a arquitetura não ficou de fora.
A influência etrusca ocorreu, em sua maioria, devido às relações comerciais desse povo com as cidades que compunham o Império Romano. Os etruscos são uma civilização da antiguidade que habitou a região da Etrúria, localizada na península Itálica.
Portanto, pode-se dizer que a origem da arquitetura, e da própria cultura romana, veio da união e interpretação de duas outras. Os romanos se apropriaram do ideal de beleza predominante na cultura grega e o mesclaram com a expressão da realidade cotidiana característica da cultura etrusca.
O resultado disso culminou na arquitetura romana, uma arquitetura que possui aspectos funcionais para o cotidiano e, ao mesmo tempo, conta com obras magníficas e grandiosas como as construções gregas.
Um exemplo da influência grega nas obras da arquitetura romana é a incorporação dos estilos tipicamente gregos dórico, jônico e coríntio às colunas romanas. Posteriormente, os romanos criaram dois novos estilos de colunas: a composta e a toscana.
Devido às muitas semelhanças e características comuns em suas obras, muitos estudiosos chamam de arquitetura clássica o modelo estético que envolve a arquitetura grega e a arquitetura romana. Porém, a civilização da Roma Antiga contribuiu de forma única para o mundo ocidental, principalmente através das suas construções funcionais e de infraestrutura, como as estradas e aquedutos.
Os avanços que a arquitetura romana trouxeram para o mundo são, em grande parte, responsáveis pela extensão e sucesso do Império Romano, pois toda essa evolução caminhou junto com a ascensão do Império.
Siga a leitura para conhecer mais sobre as principais características da arquitetura da Roma Antiga!
Principais características da arquitetura romana
Como vimos, a arquitetura romana foi um dos pilares que tornou possível a rápida expansão e a grande longevidade do Império Romano. As suas obras e construções imponentes e grandiosas eram uma forma de expressar o poder do Império, bem como de assegurar o status do povo. Os arcos do triunfo, característicos da estética desse povo, deixavam clara a riqueza e grandiosidade romanas.
As estradas e aquedutos construídos graças às inovações de arquitetura e engenharia feitas pelos romanos permitiram a expansão do império e, também, sua prosperidade. Assim, não podemos dissociar a arquitetura romana do contexto político e social ao qual ela está inserida. Afinal, grande parte de suas características está intimamente ligada à história do Império.
Uma das principais e mais inovadoras particularidades da arquitetura romana é o uso de concreto nas obras. A civilização romana foi a primeira a empregar esta técnica em suas construções e, sem dúvidas, a invenção mudou a forma de se construir qualquer estrutura.
As construções romanas utilizavam-se de materiais como pedra cortada em blocos; concreto; madeira; mármore; gesso e azulejos, todos materiais que são utilizados em construções até os dias de hoje.
Outros pontos muito marcantes da arquitetura romana são os arcos e as abóbadas utilizadas em suas construções. A combinação desses elementos com as colunas tipicamente gregas dá à arquitetura da Roma Antiga uma característica única.
Outros pontos marcantes que podemos destacar na arquitetura romana são:
- Construções funcionais, luxuosas e imponentes;
- Construções resistentes, bem projetadas e sólidas, aptas a resistirem por muitos anos aos efeitos do tempo;
- Uso de concreto e mármore;
- Obras com paredes largas e aberturas pequenas, semelhantes a janelas;
- Valorização da simetria, geometria e proporcionalidade;
- Arcos e abóbadas de formatos e estéticas variadas;
- Obras práticas e fortes;
- Grandes espaços na parte interna das construções, graças ao uso dos arcos e abóbadas para sustentação.
Os romanos foram o primeiro povo ocidental a preocupar-se com a estética do interior dos ambientes construídos. A arquitetura romana tinha como foco a magnitude do exterior de uma construção, mas buscava, também, criar um interior espaçoso e bem planejado.
Principais obras da arquitetura romana
Agora que já conhecemos sobre a origem, as influências e as principais características da arquitetura da Roma Antiga, iremos conhecer um pouco sobre suas construções mais famosas e impressionantes. Hoje em dia, os monumentos da arquitetura romana atraem milhares de turistas e estudiosos!
1. Coliseu
O Coliseu é, sem dúvidas, o legado mais famoso da arquitetura romana. Sua construção foi iniciada no ano de 72 d.C., durante o império de Vespasiano, e a obra foi concluída em 80 d.C., pelo imperador Tito.
O Coliseu é um anfiteatro com capacidade para mais de 50 mil pessoas e se configura como o maior anfiteatro da época. O local foi cena de batalhas de grandes gladiadores e animais e ficou conhecido como um dos maiores símbolos da cultura da Roma Antiga.
2. Panteão
O Panteão é um templo romano dedicado a todas as divindades de Roma. Este aspecto é, justamente, o que o diferencia de todos os outros templos romanos construídos na mesma época, pois era comum que os templos fossem construídos em homenagem a somente uma divindade.
A construção do Panteão foi concluída no ano de 125 d.C., durante o império de Adriano. Essa é tida como a obra da arquitetura romana que está mais bem preservada nos dias atuais, sobrevivendo a quase 2 mil anos de exposição aos mais diversos efeitos do tempo e desastres naturais.
Esta construção possui uma cúpula majestosa que confere ainda mais grandeza ao templo.
3. Aqueduto de Segóvia
Este aqueduto localizado na Península Ibérica foi construído por volta do ano 50 d.C. e tinha como função direcionar o fluxo de água vindo do rio Frio para a cidade de Segóvia. A estrutura possuía 16 quilômetros de comprimento e contava com aproximadamente 2 mil blocos de granito em sua composição.
São, no total, 165 arcos que possuem mais de 9 metros de altura, todos construídos sem o uso de qualquer tipo de argamassa. O Aqueduto de Segóvia é um símbolo da cidade até os dias de hoje.
4. Pont du Gard
Semelhante ao Aqueduto de Segóvia, a Pont du Gard é parte de um aqueduto construído sem o uso de argamassa. Sua estrutura conta com três andares de blocos maciços de pedra cortada, medindo 360 metros em seu ponto mais alto.
O aqueduto do qual fazia parte a Pont du Gard era responsável pelo fornecimento de água para a cidade de Nimes. A estrutura está localizada na região que atualmente é o sul da França e foi construída durante o século I d.C.
5. Templos de Baalbek
Baalbek é um sítio arqueológico localizado no Líbano e é reconhecido como patrimônio histórico mundial pela ONU e pela UNESCO. É um dos maiores conjuntos de templos da antiguidade e abriga monumentos e templos dedicados às divindades: Baal, Júpiter, Vênus e Baco.
O primeiro templo do complexo foi construído no século I a.C. e a última das estruturas data de 200 anos depois. Após a queda do Império Romano, os templos de Baalbek sobreviveram a guerras, conflitos, furtos e desastres naturais, no entanto, até hoje recebem milhares de pessoas devido a sua magnitude e importância cultural.
Gostou de conhecer um pouco sobre a arquitetura romana? Conte-nos nos comentários!